A filosofia da Leitura Corporal de Nereida Vilela, tal como outras filosofias orientais, defende a existência de centros de energia no nosso corpo que denomina de centros de força ou de chakras.
Esses centros energéticos estão distribuídos pelo campo energético do Ser Humano e absorvem, exteriorizam e administram energia com diferentes funcionalidades bioenergéticas. Os chakras regentes estão relacionados com as glândulas endócrinas, plexos, gânglios nervosos, etc. Chakra em sânscrito significa “roda.” Eles são compostos por vários canais energéticos, ou seja, vários pontos de energia que convergem e que se chamam nadis. É uma área de confluência de muita energia. Cinco dos chakras regentes estão a vibrar no nosso corpo horizontalmente. Dois deles, o primeiro (que fica na zona do perínio) e o sétimo (que fica no topo da cabeça), vibram verticalmente. Todos os chakras estão interconectados por canais (canais de energia kundalini) que circulam na região das vértebras. Eles captam do cosmos, captam da terra. Nenhum centro de força é mais importante do que outro centro de força. Cada centro de força atua dentro de aspetos específicos mas, tal como a primeira célula que definiu todas as outras células do corpo, fazendo com que todas as outras células tenham tudo o que a primeira célula tem, cada centro de força, apesar das suas funções especificas, contém a sabedoria de todos os outros centros de força. Não existe uma hierarquia em termos de importância, existe hierarquia em termos de desenvolvimento da funcionalidade. Tal significa que a evolução das funções do 7º chakra que é o Centro de Força da Espiritualidade, não me protege da necessidade de evolução das funções do 1º Chakra, Centro de Força de Estimulação da Adaptação, da Satisfação das Necessidades Básicas de Sobrevivência e de Evolução da Espécie. Seria um processo incompleto, por exemplo, desenvolver habilidades do 4º Chakra, Centro de Força Estimulador da Emocionalização, da Amorização, da Harmonização das Relações Humanas e da Objetivação e Sociabilização dos Impulsos Internos, acreditanto que isso faria automaticamente a evolução das funções regidas pelo 1º ou 2º chakra. Assim o 1º Chakra é muito importante para o progresso espiritual do ser Humano. Segundo a Leitura Corporal, é ao usufruirmos da matéria que criamos os passos para o nosso progresso espiritual, porque estamos materializados, ou seja escolhemos a corporificação. E é essa experiência do corpo no mundo que nos dá o chão para qualquer progresso espiritual que queiramos fazer. Sem chão, presença ou base, as representações dos nossos níveis mais subtis, ganham estatuto de loucura. Para viajarmos com segurança precisamos de um 1º centro bem organizado. Desenvolver espiritualidade é desenvolver materialidade, pois tudo é espiritual. “Ser espiritual é ser a si, de forma livre, confiante e autêntica. Não há regras, nem preceitos – há apenas a espontaneidade e a disponibilidade para viver, aceitar, transformar e usufruir a vida, segundo aquilo que é ditado pelo interno.” (leituracorporal.com.br, 2018) Imagem: Pexels
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Resiliência, espiritualidade e o sentido da vida estão mais ligados do que se possa pensar.
Resiliência É a capacidade do ser Humano lidar com problemas, adaptar-se às mudanças, superar desafios ou resistir à pressão de situações adversas, sem entrar em desequilíbrio mental, emocional ou físico por desenvolver estratégias para enfrentar ou superar as adversidades. Quatro Padrões de Desenvolvimento da Resiliência 1. Os padrões disposicionais - relacionados com as características físicas e psicossociais, tais como: inteligência, temperamento, saúde, competências pessoais e sociais, autoestima e autodisciplina. 2. Os padrões relacionais - relação entre o indivíduo e a sociedade, ou seja, a sua capacidade de estabelecer vínculos com outras pessoas e de facilitar o estabelecimento de ligações. 3. Padrões situacionais - capacidade de fazer uma avaliação realista de certa situação e agir com adequação à mesma. Implica flexibilidade, engenho, curiosidade, criatividade e perseverança. 4. Padrões filosóficos - sistema de crenças e motivação da finalidade da vida, do seu propósito, de uma visão positiva sobre as pessoas e o mundo mesmo com as duas diferenças. Resiliência e espiritualidade No padrão filosófico pode-se incluir o padrão metafisico que fala dos padrões de crenças pessoais, filosóficas e religiosas, sendo a fé e a esperança fundamentais na elaboração de comportamentos resilientes. Assim, na adversidade são criados significados para essas experiências que são associados às crenças espirituais, culturais, ao mundo social, ao passado multigeracional, às esperanças e aos sonhos. Esse sistema de crenças fornece a capacidade para ressignificar a adversidade numa perspetiva otimista de transcendência e espiritualidade. A fé será um processo de adaptação continuada, em que o ser Humano possui forças biológicas e psicológicas para superar e autorregular-se de forma bem sucedida perante mudanças exigentes que se dão em várias fases da vida. Assim, o facto de um indivíduo ter fé será essencial para a resiliência, sendo que esta não tem de residir dentro de uma religião formal, mas pode abranger um nível mais profundo do inconsciente que se encontra em contacto com as suas verdades mais profundas. O sentido da vida O sentido da vida, apesar de diferir em conformidade com os diferentes sujeitos, segundo o médico Viktor Frankl, não se encontra através do que a vida nos dá mas sim do que podemos fazer por ela, sendo da responsabilidade do ser Humano, encontrar na sua pessoa o que dar à vida. Existem três formas de fazer isso: - a criar, a trabalhar ou a agir; - ao experimentar algo ou encontrando alguém; - a atitude que se tem face ao sofrimento inevitável. Surgem assim os valores de criação, os valores vivenciais e os valores de atitude. Quando se fala de valores criativos fala-se da possibilidade do ser Humano dar algo ao mundo, de forma externa, que seja de carácter criativo e de trabalho. Esta categoria implica encontrar significado no trabalho que se desempenha, em que o que importa não é o que se faz mas como. Além disso, este valor ajuda a que o ser Humano se sinta útil na sociedade. Se o trabalho é realizado em conformidade com o seu sentido, este é o meio para que a pessoa consiga com mais facilidade se realizar existencialmente. Os valores vivenciais, falam da possibilidade de receber, ou seja, através dos outros o ser Humano pode receber o que lhe é oferecido pela natureza e pelo mundo, inclusive, vivências estéticas e naturais. É a capacidade de observar e contemplar o que há de bonito na vida e usufruir das vivências pessoais ricas e satisfatórias, como acontece com as conquistas pessoais, por exemplo, o nascimento de um filho. Por último, os valores atitudinais, são o sentido que se adquire do saber, bem como o poder de dar e receber. Tem haver com o processo de amadurecimento, sendo que o que importa é a atitude do sujeito face ao sofrimento, mantendo perante ele a dignidade. Ele poderá fazer frente às dificuldade alcançando crescimento existencial, ou não o fazer e estabelecer-se no desespero. Imagem: Lucas Pezeta do Pexels. A vivência da sexualidade nem sempre é clara. Fazemos e vivemos escolhas e pulsões inconscientes, algumas vezes antagónicas com aquilo que consideramos moralmente correto, e o estímulo do erotismo que sentimos pode contradizer a forma como nos expressamos no quotidiano. Cientificamente verifica-se que na vivência da sexualidade, o desejo sexual no casal é fundamental. Tal significa que a diminuição desse desejo está associada a uma redução dos níveis de satisfação e intimidade entre os parceiros. De igual modo, observa-se que insatisfação relacional também pode ser causada por uma discrepância de desejo sexual entre o casal. A relação de intimidade e de sentimentos positivos podem mesmo degradar quando a sexualidade é disfuncional ou inexistente. É curioso que estudos recentes indicam ser comum que casais saudáveis possuam problemas relacionados com o desejo sexual. Portanto, este tipo de problemática é mais frequente do que o senso comum imagina. Num estudo citado pelo Dr. David Schnarch num dos seus artigos, verificou-se que entre 20000 participantes, 36% possuíam regularmente problemas de desejo e 25% possuíam esse problema antes da performance sexual. O mesmo estudo indicou os seguintes resultados: 12% não tinham feito sexo no ano anterior; 21% tinham feito sexo diversas vezes no ano; 34% tinham feito sexo uma a duas vezes por mês; 7% faziam sexo três a cinco vezes por semana; só apenas 9% indicou raramente ter problemas de desejo e 6%, tal como indicou ironicamente o autor do artigo, eram “Coelhinhos Energizados” pois nunca tinham tido problemas de desejo sexual e indicavam possuir uma atividade sexual contínua. Portanto, segundo esse estudo, 60% das pessoas passam continuamente por problemas de desejo sexual e 25% passam por eles intermitentemente. Na continuidade deste assunto, vamos entender o que é a satisfação sexual. Verifica-se que esta emerge da avaliação pessoal das características positivas e negativas adjacentes à relação sexual que o indivíduo tem com o seu companheiro, isto é, de que forma a atividade sexual está alinhada com os seus ideais. Se para o homem, a intimidade física está diretamente conectada ao ego, o que leva a que, quando esta é subvalorizada, isto pode levar à degradação emocional da relação, para as mulheres, a sua necessidade de ligação é emocional, sendo que sem ela, desligam-se fisicamente. Associado à satisfação sexual está a satisfação conjugal, o que significa que se existir pouca satisfação conjugal, dá-se uma maior probabilidade de inatividade sexual e de separação. Em oposição, prevê-se que quanto maior for a satisfação relacional entre o casal, maior poderá ser o desejo de intimidade sexual de ambos. Adicionalmente observa-se que a comunicação tem um papel preponderante, ou seja, uma comunicação com qualidade entre o casal melhorará a vida sexual dos dois . A maior parte da insatisfação conjugal e sexual está relacionado com a falta de comunicação entre parceiros, inclusive, quando se trata de falar sobre os seus desejos de forma adequada. Outros temas, tais como, os métodos contraceptivos e a história do passado sexual são relevantes. Tina Konkin é a fundadora do programa de aconselhamento Relationship Lifeline, e dá os seguintes conselhos para ajudar os casais a terem uma relação mais satisfatória: - Cada parceiro deve tentar perceber que assunto tem dentro de si mal resolvido, pois essa consciência será determinante para curar ou mudar algo na relação. Lembre-se que a satisfação sexual é uma avaliação subjectiva, tal como supracitado. - É importante que o casal mude a forma como vê o passado do seu relacionamento. Isto significa que para uma relação ser saudável e ter intimidade, os assuntos devem ser resolvidos e o perdão entre os parceiros deve ser estabelecido. - No meio de dificuldades, nenhum parceiro deve tomar o amor do outro como garantido, e deve ajudá-lo a crescer, tornando cada dia único e especial entre os dois. Se essas dificuldades se mantêm, o ideal é o casal procurar um especialista de modo a não se perder, como a Tina Konkin refere “deixar ir o melhor da vida – o amor entre duas pessoas – simplesmente porque não conseguem ultrapassar o problema.” Quando o conflito fica por resolver este pode repercutir numa disfunção sexual que, por sua vez, gerará problemas conjugais. A despeito disso, é importante entender que o conflito poderá ser uma oportunidade de incrementar a intimidade sexual e emocional, podendo servir como afrodisíaco positivo, sendo que quando resolvida a questão, o par pode ficar com uma visão positiva e especial um do outro. Portanto, invista na sua satisfação sexual, conheça-se, experimente o que gosta e comunique o quer quer sentir, viver e vibrar ao seu parceiro para se complementar e satisfazerem os dois. Referências Bibliográficas https://www.psychologytoday.com/us/blog/intimacy-and-desire/201105/normal-healthy-couples-have-sexual-desire-problems https://activa.sapo.pt/comportamento/2019-01-30-os-3-principais-problemas-de-intimidade-dos-casais-e-como-ultrapassa-los/ https://eg.uc.pt/bitstream/10316/31617/1/Intimidade%20e%20desejo%20sexual%20nas%20rela%C3%A7%C3%B5es%20de%20casal.pdf Imagem: Pixabay.com Queres saber mais sobre este os "Mistérios da Sexualidade?" Visita o canal do Youtube Sentir A Essência :) |
Isabel Quinta FariaPsicóloga Clínica e da Saúde Categorias |