A pessoa com quem lida todos os dias a 100% é você mesmo. Por isso é tão importante que essa seja a relação mais saudável de todas. Por esse motivo este mês abordamos os seguintes subtemas na newsletter Sentir Saúde, Sentir Prazer, nº 30: - Superar a Sensação de Estar Estagnado. - A Pele. - Relação Comigo Mesmo. - A Amputação Psicológica e o Leito de Procrusto. Para aceder aos textos basta clicar no botão embaixo que diz newsletter. Sinta Saúde, Sinta Prazer * Em conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados - Regulamento EU 2016/679 do Parlamento Europeu, a Lei de Proteção de Dados Pessoais, Lei nº 67/98 de 26/10 e outro diplomas relacionados, o seu e-mail será usado unicamente para o envio da newsletter, sendo que pode cancelar sua subscrição em qualquer momento.
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A "Amputação Psicológica e o Leito de Procrusto" foi uma metáfora usada pela psiquiatra e analista junguiana Jean Shinoda Bolen para explicar o que acontece quando um sujeito procura atender às expectativas de figuras significativas, da cultura e dos estereótipos, desconsiderando suas próprias características e qualidades para se ajustar ou até para ser amado.
O leito de Procrusto faz parte da mitologia grega inerente à história de Teseu. Dita o mito que quando os viajantes iam a caminho de Atenas eram deitadas nesse leito: “...se fossem pequenos demais eram esticados até ao tamanho adequado, como numa roda de tortura medieval; se fossem compridos demais eram cortados até caberem na cama.”(Bolen, 1997, p.18). Segundo Bolen (1997), somos colocados nessa cama psicológica quando procuramos ajustar-nos demais para sermos aceites. A problemática inerente a isso é que tal pode ser conseguido “com grande esforço, amputando aspetos importantes de si próprio. Ou para cumprir expectativas pode ter esticado uma dimensão da personalidade à qual falta profundidade e complexidade." (p.19) Portanto, “o que é “inaceitável” aos olhos dos outros ou à luz dos padrões de comportamento pode tornar-se numa fonte de culpa ou de vergonha (…). Segue-se o “desmembramento” psicológico, quando homens (e mulheres) amputam ou reprimem (…) partes de si próprios que os fazem sentir-se inadequados ou indignos." (p.28) Assim sendo, serão amputados aspetos emocionais, instintivos, sensuais e de fragilidade extremamente importantes. Por conseguinte "Quando estamos afastados das nossas fontes de vitalidade e de alegria, a vida parece monótona e destituída de sentido. "(p.19) Assim sendo, é importante refletir sobre o preço que se paga pela não aceitação e valorização de si mesmo. É também de extrema relevância o que a Bolen (1997) refere a seguir : "tudo o que é amputado ou enterrado mantém-se vivo. Pode tornar-se “subterrâneo” e permanecer fora da consciência durante algum tempo mas pode reemergir e ser “re-membrado” quando, pela primeira vez desde sempre ou pela primeira vez desde a infância, esse arquétipo é aceite numa relação ou situação. (…) O “re-membramento” é necessário para sarar feridas e reconstituir o todo. Para encontrar os pedaços que faltam e trazê-los de volta, temos de descer e penetrar dentro de nós." ( p.28-29) Assim, todos os indivíduos quando se comprometem consigo mesmos, podem trabalhar continuamente na reconstrução emocional e psicológica ao longo da sua vida. Quando precisar não tenha vergonha e peça ajuda! Invista em si e no seu bem-estar! Referências Bibliográficas Bolen (1997). Os Deuses em Cada Homem . Lisboa: Planeta Editora Todo o comportamento humano tem um conjunto de características próprias ao nível psicológico e o sexo não é exceção. Assim sendo, ficam aqui algumas curiosidades psicológicas sobre o comportamento sexual:
1- O sexo é um detetor de mentiras: ao nível sexual existem reações fisiológicas involuntárias, tais como, a lubrificação vaginal ou a erecção do pénis. Por esse motivo, é sexualmente impossível mentir sobre a veracidade da excitação sexual . 2 - A maioria dos indivíduos ocultam os seus verdadeiros desejos sexuais: instintivamente não partilham mais do que uma pequena parte dos seu desejos com receio de provocarem o afastamento ou repulsa do seu companheiro. 3- A transgressão poderá aumentar a sensação de poder: a prática sexual em locais incomuns a ela, como por exemplo, em lugares públicos pouco visíveis, pode suscitar um aumento da carga erótica e aumentar a sensação de poder. 4- Ainda não é fácil falar de sexo: os tabus em relação ao sexo continuam apesar de nos encontramos numa sociedade mais liberal, por se tratar de uma força avassaladora que muitas vezes pode ir em desacordo com as suas normas. 5 - Aceitar fazer sexo é diferente de genuíno consentimento: existem indivíduos que aceitam fazer sexo por causa de um sentimento de "obrigação", e não por sentirem vontade genuína. Existem vários motivos, entre eles: sentir que é o seu dever como cônjuge; para não perder o afeto e atenção do companheiro; expectativas sociais de determinadas faixas etárias e do papel de género que defendem uma vida sexual ativa como uma qualidade de carácter. Por exemplo, na adolescência quando enfatizam o mérito daqueles que iniciam a sua vida sexual; no género masculino quando realçam e admiram a virilidade de um homem quando tem uma vida sexual bastante ativa. Referências Bibliográficas Botton, A. (2013). Twelve Rude Revelations About Sex. Psychology Today. Consultado dia 11 de Abril no website https://www.psychologytoday.com/us/articles/201212/12-rude-revelations-about-sex |
Isabel Quinta FariaPsicóloga Clínica e da Saúde Categorias |