Acabou de ser publicada a nova Newsletter Sentir Saúde, Sentir Prazer nº 16, com o tema mensal "Desenvolver Um Estilo Criativo de Viver" .
Nesse sentido procuramos abordar neste mês os seguintes subtemas: - Faça Tricô Pela Sua Saúde Mental! (Viva a Criatividade); - Criação, Criatividade e Curiosidade. - Como a Arteterapia com Mandalas Pode Ajudá-lo. Para ler basta clicar o botão que diz Newsletter e se quiser pode subscrever gratuitamente na área de contactos deste site. Sinta Saúde, Sinta Prazer
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A Arteterapia é um forma de psicoterapia que ocorre através da utilização de formas expressivas diversificadas ligadas à arte, e que permitem ao participante exprimir de forma simbólica sentimentos, pensamentos, perceções, afetos e conflitos (Wosiack & Weinreb, 2009). A Mandala, é um símbolo, cuja palavra de origem sânscrita significa literalmente "círculo", mas possui também o significado “o que contém a essência” ou ainda “esfera da essência” (Green, 2005, cit in Dibo, 2006). Esta surge como símbolo universal de harmonia, integração e transformação do Ser (Catarina,2000). A Mandala é muito utilizada no Oriente e foi Carl Jung que a introduziu na Psicologia, sendo que através da sua experiência pessoal e 14 anos de estudos sobre o tema, descobriu que esta é um poderoso símbolo de projeção do inconsciente (Catarina, 2000). Jung descobriu relação entre o material psíquico proveniente dos sonhos dos indivíduos que estavam a atravessar por crises interiores, e os estranhos símbolos encontrados nos desenhos das Mandalas que estes executavam. Assim sendo, passou a utilizá-las como representação simbólica da psique, cuja essência é um mistério (Dibo, 2006). Moacanin (1999) explica que Jung percebeu que as mandalas surgem espontaneamente nas nossas representações quando a nossa psique está em processo de reintegração, depois da existência de desorientação psíquica, como factor de compensação da desordem. Assim sendo, para ele a mandala é uma forma de autocura, inconsciente e instintiva, em que a sua forma circular com ponto central compensa a desordem psíquica que possa existir (p. 30). Desta forma, Jung verificou que a mandala pode servir para duas finalidades: conservar a ordem psíquica, caso ela já exista, ou restabelecê-la caso esta tenha desaparecido. Segundo Arcury (2006), pintar Mandalas permite que a mente entre em estado de relaxamento, e dessa forma, tranquiliza o indivíduo e ajuda-o a concentrar as suas energias, o que faz com que traumas, medos e tensões, sejam transformados e superados (p. 85). Além disso, a criação e elaboração de mandalas permite (Wosiack & Weinreb, 2009; Valladares e Carvalho, 2006): - Exercitar a motricidade fina; - Exercitar a cognição; - Exercitar a criatividade; - Motivar; - Desenvolver o autoconhecimento; - Melhorar a auto-imagem ; - Exprimir sentimentos; - Promover catarse; - Aumentar a interação relacional; - Compreender a simbologia do inconsciente; - Repensar os valores e sua significância; - Reduzir o stresse; - Melhorar a qualidade de vida. Assim sendo, executar mandalas poderá ser mais ferramenta a utilizar para aumentar o seu bem-estar. Atreve-se? Sinta A Sua Essência Referências Bibliográficas Arcury, I. (2006) . Memória Corporal: o simbolismo do corpo na trajectória da vida. Vetor. São Paulo. Ed. 2. Catarina, M. (2000) . Mandala – O Uso na Arteterapia. Wak Editora. São Paulo. Dibo, M. (2006). Mandala: um estudo na obra de C. G. Jung. Último Andar, 15, 109-120 Moacanin, R. (1999). A Psicologia de Jung e o Budismo Tibetano. São Paulo: Cultrix, Pensamento. Valladares, A. , Lima, A., Lima, C., Santos, B., Carvalho, I. & Tobias, G. (2008) Arteterapia: criatividade, arte e saúde mental com pacientes adictos. Jornada Goiana de Arteterapia, 2, 68-85 Valladares, A. & Caravalho, A. . (2006). A Arteperaria e o desenvolvimento do comportamento no contexto da hospitalização. Revista Escolar de Enfermagem da Universidade de São Paulo, 40 , 350 – 355 Vasconcellos, E. & Giglio, J. (2007). Introdução da arte na psicoterapia: enfoque clínico e hospitalar. Estudos de Psicologia, 24, 375 – 383. Wosiack, R. & Weinreb, M. . (2009) Arteterapia: Instrumento de Transformação Social. Porto Alegre: UniRitter. Imagem Retirada do Pinterest |
Isabel Quinta FariaPsicóloga Clínica e da Saúde Categorias |