A educação na infância é de extrema importância pois servirá de guia para as condutas e relações interpessoais no futuro. Porém educar não é tão fácil quanto parece pois exige dar atenção a determinados pormenores e ao que estes significam. Assim sendo, iremos observar alguns comportamentos: os nossos e os delas. O Comportamento de Fuga à Exigência Este tipo de comportamento dá-se quando a criança age de modo a atrasar ou evitar uma exigência ou determinada tarefa. Claro que uma criança é tanto ou mais cooperante quanto o exemplo dos pais/educadores esteja em consonância com aquilo que lhe é requerido. Mas pode sempre acontecer. Vamos observar um exemplo prático: - A mãe diz à criança para arrumar os brinquedo. Mas a criança não quer e começa a ter uma atitude de birra, como gritar, chorar, etc. Isto é claramente um comportamento de fuga à exigência. A forma como a mãe vai responder a este comportamento vai determinar os futuros comportamentos da criança perante à exigência. - Se, para acabar com a birra da criança, a mãe arruma os brinquedos por ela. Da próxima vez , a criança voltará a não arrumar os brinquedos. E se a mãe não a obriga a arrumar os brinquedos e a coloca de castigo no canto do quarto sem poder brincar, também da próxima vez ela não irá arrumar os brinquedos, porque atingiu o seu objetivo principal - fugir à exigência. O que fazer nestas situações? Manter a exigência até ao fim. Isto pode ser realizado dando-se alguma ajuda superficial até a criança completar a tarefa. Neste caso, a mãe devia só repetir mais uma vez o pedido, em tom firme claro, e caso a criança voltasse a desobedecer, sem falar e com toque firme (nem carinhoso e muito menos agressivo) direcionar o corpo da criança até aos brinquedo pegando neles e colocando-lhes no cesto. Mas imagine que é impossível fazer com que a criança complete a tarefa porque tem a escala da birra aumenta? Uma opção é reduzir o nível da exigência, por exemplo, dizer para a criança se levantar, limpar as lágrimas, perguntar onde se guardam os brinquedos, onde está o caixote dos brinquedos, ou pedir para apontar os brinquedos. Isto vai fazer com que a criança não saia de forma gratuita da situação, respondendo na mesma a uma exigência, embora de menor grau. Neste caso nunca se deve elogiar a criança mesmo que ela cumpra o pedido. Antecipar o comportamento Em algumas atividades que a criança não goste de fazer há a probabilidade de acontecer um comportamento de fuga à exigência. Uma forma de evitar isso é antecipar-se às situações. Isto adequa-se também àquelas situações que causem stresse e ansiedade à criança. Por exemplo, imagine uma criança que não gosta de dormir a sesta. Então no sentido de a preparar para esse momento pode ir para o quarto, contar uma história que ela goste na cama num tom baixo de forma a embalá-la. Ou deitá-la com o seu brinquedo favorito, explicando que está na hora de pôr esse mesmo brinquedo a dormir. Momentos em que se deve bloquear e redirecionar um comportamento Tratam-se daqueles momentos em que a criança procura usar a agressividade para obter o que deseja. Nunca deixe que a criança lhe agrida. Para isso bloqueie os movimentos agressivos com as suas mãos ou o corpo, impedindo-a de alcançar o seu objetivo. O toque de "colocação de limites" não tem de ser agressivo, mas firme, tal como o tom de voz. Redirecione para um comportamento desejável. A importância da colocação de limites Para perceber os limites a criança precisa de perceber a diferença entre o comportamento construtivo do destrutivo. Portanto, no momento adequado use as carícias e a voz melódica nos elogios, e em momentos de correção de comportamento use um a voz e contacto assertivo e firme. Se lhe der uma "ordem" com um tom de voz baixo e melódico quando a criança está a ter um mau comportamento, ela pode pensar que "pode fazer o que quiser", que não há diferença quando tem um bom ou mau comportamento. Não se preocupe, a criança não vai achar que não gosta dela por coloca limites, pois existem muitos momentos onde vai demonstrar o seu afeto por ela, além de que não precisa de ser violento. Uma criança a quem não é ensinado os limites, quando se torna adulto torna-se incapaz de saber o que é benéfico e maléfico para si e para os outros. Deixe a sua criança Sentir A Sua Essência :D
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Isabel Quinta FariaPsicóloga Clínica e da Saúde Categorias |