A melhor forma de nos protegermos é estarmos bem informados. Nesta época em que muitas pessoas estão de férias pretendemos dar consistência ao seu desenvolvimento pessoal. Para isso abordamos os seguintes temas: - Dicas Para Gerir a Ansiedade - Como Desenvolver a Inteligência Emocional - Deitado Nu Quarto/ Nu Chão - Quando Se Dá Poder Aos Outros Esperamos que usufrua de boas leituras e, se for o caso, de umas boas férias! Sinta Saúde, Sinta Prazer
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Este artigo aborda uma visão distinta sobre o que é ser-se autor da própria vida, segundo a filosofia de Nereida Vilela (2018). Ao falarmos de se ser autor da própria vida, estamos a falar de autoridade, não no sentido de estatuto, mas de experiência de domínio. Ter em domínio significa ter a faculdade de usar e dispor livremente do que possui (Priberam, 2018), tal como habilidades, conhecimentos, bens. Trata-se do domínio que se adquire com a qualidade de experimentar e treinar competências, e que permite conquistar segurança, definir a nossa personalidade, os recursos que vamos usar e os lugares que vamos ocupar (Vilela, 2018). Assim, a condição de autoridade ou de autoria vai crescendo de forma significativa e funcional. Quando temos a casa, o trabalho ou o conhecimento em domínio, tudo isso funciona como âncoras que ajudam o sujeito a se posicionar e emitir com maior liberdade o seu parecer. Tudo isso interfere significativamente no uso do nosso psiquismo (Vilela, 2018). Porém, na continuidade dessa perspetiva, “ter em domínio” e “ter sob domínio” serão atitudes completamente diferentes. “Ter sob domínio” significa ter em controlo, vigília constante sobre a vida. Acontece quando procura-se dominar o outro, as circunstâncias, etc., e resulta em autoritarismo (despotismo). Isso impede e limita o sujeito, é algo aprisionante, no sentido em que quanto mais o sujeito exerce controlo, maior a necessidade de uma camada protetora do ego para aplicar esse controlo. Tudo isso será oposto à integridade do indivíduo, ou seja, quando o sujeito tenta colocar a vida “sobre domínio”, não está verdadeiramente a apropriar-se das suas próprias e verdadeiras qualidades, e acabará por nem estar a viver para si, mas numa luta constante de controlo sobre o externo. A única forma de mudar isso é transformar esse autoritarismo para qualificações da sua autoridade (Vilela, 2018). De alguma forma, todos os indivíduos terão a tendência para, em certas circunstâncias, exercerem “em domínio” ou colocarem “sob domínio”, em maior ou menor grau. Isso acontece diariamente. O holocausto, é o exemplo da exacerbação da imposição do idealismo autoritário em relação aos semelhantes. Porém, no quotidiano podemos estar a colocar sobre domínio outros ou bens, numa escala menor. Por exemplo, um pai que coloca uma criança sobre domínio, em vez de procurar outras formas de a educar; ou então, o patrão que coloca os empregados sobre domínio, em vez de os chefiar, etc. Assim, será importante a reflexão de como as nossas ações falam sobre nós e de como nos queremos apropriar e sermos autores da nossa própria existência. Sinta A Sua Essência! Referências Bibliográficas Vilela, Nereida (2018). Palestra de curso de 3º Centro de Força - Leitura Corporal. Imagem: Created by Bedneyimages - Freepik.com - <a href="https://www.freepik.com/free-photos-vectors/travel">Travel image created by Bedneyimages - Freepik.co |
Isabel Quinta FariaPsicóloga Clínica e da Saúde Categorias |